sexta-feira, 8 de outubro de 2010

O Quadro: Santa Ceia de Cristo

Quadro de Da Vinci, A Santa Ceia






Em Milão, na Itália, há um quadro, hoje restaurado, no qual Leonardo Da Vinci procurou com muito empenho retratar a última ceia de Cristo e Seus discípulos. Ele foi pintado no refeitório do mosteiro dominicano de Santa Maria delle Grazie. Em 1923, foi publicada uma história em relação a essa pintura que é por muitos considerada como um genuíno relato.


Conta-se que Da Vinci sempre usava pessoas reais como modelos para suas pinturas. Assim, seriam os próprios vizinhos do convento que posariam para a composição dos apóstolos à mesa. Havia, porém, um problema inicial: Como encontrar alguém tão perfeito para retratar o rosto de Cristo?


De acordo com essa versão “centenas e centenas de jovens foram cuidadosamente avaliados pelo artista a fim de encontrar uma face e personalidade que exibissem uma inocente beleza, livre de qualquer cicatriz ou marca causada pelo pecado”. Finalmente, ele encontrou um jovem de 19 anos e, durante seis meses, trabalhou retratando, com base naquele rapaz, o rosto do Filho de Deus.
Uma vez pintado o rosto de Cristo, Da Vinci seguiu pintando os demais apóstolos a partir dos rostos de moradores da região, que se apresentavam voluntariamente como modelos. Ele pintou Pedro, André, Tiago, João e todos os demais, com exceção de Judas. É que seria difícil encontrar alguém que se desse ao papel de emprestar seu próprio rosto para retratar o traidor do Filho de Deus. Isso seria o mesmo que assinar o atestado de autodesprezo e desamor próprio.
Tendo dificuldades em encontrar um Judas apropriado, Da Vinci despendeu muito tempo procurando alguém entre os criminosos de um presídio local. O superior do mosteiro, chateado com a demora, começou a sugerir que o atraso do artista devia, na verdade, à sua preguiça e não a qualquer dificuldade em encontrar o modelo adequado. A isto, Leonardo respondeu: “De fato, eu tenho dificuldades em encontrar um Judas no meio dos homens, mas se for pressionado, saibam que o superior seria um excelente modelo!”
Depois de seis anos de intensa procura, Da Vinci finalmente encontrou um homem que estava preso numa masmorra em Roma. Tratava-se de um trapo de gente. Constantemente bêbado, aquele sujeito tinha um cheiro horrível e nenhuma consideração por si mesmo. Era o modelo perfeito para Judas!
Por uma ordem especial do rei, o prisioneiro pôde partir com Leonardo para Milão, onde por vários meses o artista trabalhou fazendo daquele miserável o último personagem que completaria a pintura. Terminando o trabalho, o condenado deveria retornar junto com seu carcereiro para continuar preso em Roma. Antes mesmo de sair, ele começou a chorar e, entre gritos virou-se para Da Vinci dizendo:
- “Sr. Leonardo, olhe para mim mais uma vez! O senhor não me reconhece?”
Olhando de perto o homem, Da Vinci respondeu:
- “Há algo de familiar no seus olhos, mas não me recordo de tê-lo visto antes”
- “Oh, senhor Da Vinci, olhe de novo” – gritava fortemente o homem - “Eu sou o seu Cristo, ou melhor, fui, quando há sete anos eu era um jovem e o senhor me escolheu para retratar o rosto do Mestre. Veja, porém, o que fiz com minha vida. Hoje, retrato Judas. Tornei-me um verme. Oh Deus, como pude cair tanto?”
Se Da Vinci vivesse em nossos dias e estivesse escolhendo pessoas para retratar a Santa Ceia, seria possível usar o seu semblante para retratar a Santa Ceia, seria possível usar o seu semblante para retratar a beleza espiritual do Filho de Deus?
Pense nisso e não permita jamais que seu rosto sirva para retratar um traidor. Deus ama você e quer torná-lo a cada dia mais semelhante a Jesus e mais distante da aparência de um Judas.

Fonte: http://www.arqueologiadabiblia.com/2010/03/o-quadro-santa-ceia-de-cristo.html